terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Acabou e ponto!


Sim...terminou...e já era de se esperar...quando só ma pessoa se doa demais acaba nisso...Eu me doei...me entreguei de corpo e alma e agora quem dói sou eu!
Será preciso ficar só pra se viver?
Não sei de quem foi a culpa...mas tenho a consciência tranquila que eu fiz tudo, tudo tudo e mais um pouco pra que desse certo...Cartas, mensagens, amor! muito amor...e de nada valeu...
Uma coisa ficou...as lembranças que insistem em martelar em minha cabeça...a saudade de um sorvete de uva, de um pastel de atum, de um cheiro no pescoço, de uma conversa nao levada a sério...de uma brincadeira com fundinho de verdade...
tudo isso se foi! como pó...como se fosse nada...
Mas se tudo passa como ele tbm não iria passar?

Deixo aqui o que penso nesse momento...

Quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais -por que ir em frente? Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia –qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê. Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada seja áspero como um tempo perdido. Eu prefiro viver a ilusão do quase, quando estou "quase" certa que desistindo naquele momento vou levar comigo uma coisa bonita. Quando eu "quase" tenho certeza que insistir naquilo vai me fazer sofrer, que insistir em algo ou alguém pode não terminar da melhor maneira, que pode não ser do jeito que eu queria que fosse, eu jogo tudo pro alto, sem arrependimentos futuros! Eu prefiro viver com a incerteza de poder ter dado certo, que com a certeza de ter acabado em dor. Talvez loucura, medo, eu diria covardia, loucura quem sabe!”

( Caio Fernando de Abreu)



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